PROGRAMA

ENTRADA LIVRE

Espetáculo para maiores de 12 anos

TEatroensaio

Teatro: "Parda" a partir de um texto de Gil Vicente

Adaptação, direção e encenação: Pedro Estorninho

Interpretação: Inês Leite

Comentário e apoio cénico: Joana Carrasqueira

Interpretação Musical: Joana Godinho

Fotografias de Cena: Mário Pastor, Pedro Ferreira

Construção Cenográfica: José Lopes

Maria Parda retrata a estória (dentro da história) de uma mulher que habita as ruas de Lisboa e busca incessantemente alguém ou algum tasqueiro que lhe fie um pouco de vinho, acabando a pedir um teto de Abrigo e uma luz que lhe acompanhe a noite. Este peça de Gil Vicente apresenta um sub-texto muito mais rico, profundo e humano tocando temas universais como a Fome, a Mendicidade, a imposta Solidão e a Miséria. O TEatroensaio quis ir por um caminho pouco usual, uma abordagem atual e não humorística desta peça, revelando a verdadeira Parda que sobreviveu à Peste e à Grande Fome do ano anterior à sua criação (1522), uma personagem extremamente contemporânea pela coragem em interpelar e confessar-se diretamente a Deus. Um texto que é essencial conhecer, uma referência da História e Cultura Portuguesas.

ENTRADA LIVRE

Aldovino Munguambe e Tomba-Lobos

Música: Percussão e Bombos tradicionais

Aldovino Munguambe – Marimba  

Tomba-Lobos – Grupo de bombos tradicionais (Zé Luís Siquenique, Gonçalo Vidigal, Pedro Sousa, Rui Sousa, André Piteira, José Tereso, Pedro Panaça, João Pisco, Alexandre Salomé Vieira, Antonio Ramires, Luis Pouca-Roupa, João Santana)

Neste concerto intitulado Marimba Spiritual, o percussionista Aldovino Munguambe convida o grupo de Bombos Tradicionais, do concelho de Redondo, “Tomba Lobos”, para uma performance de uma das peças mais icónicas do repertório para marimba. Escrita pelo compositor Japonês Minoru Miki em 1983/84 esta obra foi escrita como sinal de revolta e alerta sobre a fome que se viveu em África na década de 80 do século XX. A peça tem duas seções: a primeira bastante estática e lenta assemelhando-se a um Requiem e uma segunda parte rápida, rítmica e energética simbolizando uma espécie de ressurreição. Originalmente escrita para três percussionistas e marimba solo, Aldovino Munguambe apresenta-nos uma versão para Marimba Solo e grupo de bombos tradicionais, compondo assim uma simbiose entre os bombos tradicionais da percussão tradicional portuguesa e a Marimba da percussão clássica.

ENTRADA LIVRE

Guirimbadu

Música: Guitarra clássica e Marimba

Eudoro Grade: Guitarra Clássica

Vasco Ramalho: Marimba

“Sonoridade Intemporal”, a mistura entre a marimba e a guitarra resulta numa sonoridade intemporal e inconformista, numa identificação intimista de matriz africana e europeia, numa metamorfose de timbres e momentos que nos suspendem e surpreendem. O projeto “Sonoridade Intemporal” convoca-nos, então, para um reportório tanto de improvisações estruturantes como de motivos melódicos de inspiração étnica ou de “canções” temáticas voltadas para a construção de sons tradicionais, numa proposta de resgate de forte musicalidade contemporânea.

ENTRADA LIVRE

La Mar de La Musica

Música: Voz; Alaúde Árabe; Flautas históricas e percussão

Joana Godinho: Voz

Eduardo Ramos: Alaúde árabe

Daniela Tomaz: Flautas históricas e adufe

O programa evoca o património musical medieval de raiz Mediterrânica, procurando evidenciar a riqueza cultural desta região, tanto na música escrita como na tradição oral. O reportório procura evidenciar o entrecruzamento estilístico entre as culturas coexistentes na península ibérica até finais do séc. XV, através de uma seleção de temas seculares e religiosos transversais à cultura cristã, árabe e sefardita, encontrados tanto em fontes escritas da época, como recolhidas por etnomusicólogos, e articuladas com o mestre Eduardo Ramos. Transversal a este espírito ecuménico é a devoção mariana e o culto do feminino, que encontramos desde os Manuscritos das Cantigas de Santa Maria de Afonso X (1221-1284), passando pelo vilancico anónimo “Senhora del Mundo”, até ao célebre tema tradicional da Beira-Baixa “Senhora do Almurtão”. Esta viagem musical intercultural pretende contribuir para a criação de consciência histórica, na linha do trabalho do Embaixador da União Europeia para o Diálogo Intercultural e Artista para a Paz, Jordi Saval.

ENTRADA LIVRE

Voces Splendentes

Música: Ensemble Vocal a Capella

Direção: Octávio Martins
Sopranos: Audrey Zannini, Carla Martins, Joana Timóteo, Margarida Pequito
Contraltos: Lúcia Marques, Joana Godinho, Sandra Santos
Tenores: Guilherme Arranja, João Branco, Matthias Knorr
Baixos: Guilherme Rebocho, João Macedo, Xavier Riera

A primeira parte do concerto é uma viagem pelo repertório coral oitocentista alemão,
inglês e francês. Na segunda parte o repertório transporta-nos para a música coral
portuguesa de raiz tradicional do séc. XX e XXI pelas mãos do compositor Eurico
Carrapatoso. O repertório coral do séc. XIX e início do séc. XX é um dos mais
fascinantes da música vocal do Ocidente, o olhar retrospetivo da produção coral
oitocentista coloca-a à margem da evolução do estilo musical. O crescimento da
atividade coral deve-se à popularidade e disseminação das sociedades corais e a
movimentos corais como as Liedertafeln. O conceito moderno de canto coral é,
efetivamente, uma invenção do séc. XIX.
Os dois ciclos de Eurico Carrapatoso têm como ponto de partida harmonizações de
melodias tradicionais portuguesas recolhidas, entre outros, por Rodney Gallop, Michel
Giacometti e Lopes-Graça. Na nota que prefacia estes ciclos, o compositor afirma: “são
um projeto a que regresso sempre que estou desassossegado. Faz-me bem, aguçando-
me o estilo, calibrando-me o lápis, oxigenando-me a alma”.
O nosso público reconhecerá, certamente, algumas das melodias deste conjunto de
peças, em que captam a melancolia da planície alentejana filtrada pelo olhar de um
transmontano e onde a sensibilidade do compositor transporta-nos, mais uma vez,
para a nossas paisagens. Percebemos em todas as harmonizações a reverência ao
trabalho realizado por Lopes-Graça no âmbito da música tradicional portuguesa. Esta
homenagem é especialmente tocante em “Altara” sem dúvida, uma referência nos
arranjos da música alentejana do mestre Graça.

ENTRADA LIVRE

Duo Lundú

Música: Voz e Guitarra Romântica e Clássica

Joana Godinho: Voz

José Farinha: Guitarra Romântica e Guitarra Clássica

Este é um recital comentado de forma a enquadrar o público da música que se fazia em finais do séc. XVIII, onde se tinha tornado muito popular por toda a Europa um estilo de composição camerística, designada a ser tocada num ambiente intimista, como forma de entretenimento diferente das grandes salas de espetáculo. As modinhas Luso-brasileiras, a par com as canzonettas italianas e as seguidillas em Espanha, são canções de temática amorosa que eram acompanhadas habitualmente à guitarra ou cravo. A canção de salão portuguesa ao chegar ao Brasil sofreu as influências sonoras locais, dando uma nova cor rítmica e melódica às modinhas portuguesas. Este recital viaja pelo universo da canção de câmara do séc. XIX em Espanha, Itália e Portugal, com alguns dos compositores mais emblemáticos do repertório erudito para canto e guitarra.

ENTRADA LIVRE

Al’Marafado

Música: Voz; Oboé; Contrabaixo e Marimba

Bruno Vítor Martins : Contrabaixo

Daniela Pinhel : Oboé

Joana Godinho : Voz

Vasco Ramalho : Marimba e Percussões

 Neste programa o grupo apresenta um conjunto de canções que procuram homenagear a língua portuguesa e a cultura tradicional assim como a sua influência no outro lado do Atlântico, no Brasil, um país que partilha tanto da nossa história e a mesma língua.                                                                                                                     Numa primeira parte do programa vamos encontrar algumas das canções intemporais de Zeca Afonso, Fausto, Vitorino, e outros nomes icónicos que pertencem à cultura musical portuguesa e da canção de intervenção. Na segunda parte do programa rumamos ao outro lado do oceano onde encontramos o calor da bossa nova e do choro numa fusão da língua portuguesa com os ritmos inebriantes afro-brasileiros. Destacamos as músicas e poemas de Tom Jobim e Chico Buarque, vultos incontornáveis do panorama musical brasileiro ou MPB, como designação mais comum.

ENTRADA LIVRE

Trulé Marionetas

Marionetas: Robertos tradicionais com música ao vivo

Manuel Costa Dias : Manipulação, Construção dos bonecos e palheta

António Bexiga : Música original, arranjos, viola campaniça e percussão

Nuno do Ó : Arranjos, guitarra percussão e voz

Espetáculo de marionetas de luva que fazem parte da tradição das marionetas em Portugal que se encontra num processo, promovido pelo Museu da Marioneta de Lisboa, de classificação de Património Imaterial Nacional. O cruzamento das marionetas com outras artes é uma constante do trabalho de Manuel Costa Dias, particularmente com a música, mas também com o cinema, teatro de atores e outras artes performativas. Apresenta, agora, um projeto de criação de dois novos sketch’s de robertos acompanhados pela viola campaniça, a viola e a voz do fado, expressões marcantes da nossa cultura e, tal como acontecia com alguns bonequeiros que juntavam às representações dos robertos o rufar de um tambor e outras manifestações, como os saltimbancos, com a finalidade de atrair público para a representação, os robertos, as violas e o fado, juntam-se para um contemporâneo diálogo levando para a rua a mesma animação de outros tempos. Nestes novos sketch’s junta-se a viola campaniça, com arranjos e execução instrumental e voz dos músicos António Bexiga e Nuno do Ó, ao espetáculo cujas personagens mantém as características e a simplicidade que identificam os robertos, marionetas de luva manipuladas dentro de um pequeno retábulo, a barraca, por um único marionetista que usa uma palheta na boca para amplificar e caracterizar a voz das personagens. Aqui, o Roberto continuará a ser o herói e irá contracenar com personagens fantásticas, mágicas, catárticas e diabólicas, como todos os robertos, mas apresentarão ao nível da construção recursos que acentuarão essas características e as tornarão seres transcendentes. Neste espetáculo, são contadas as aventuras e desventuras do Roberto e de quem com ele se cruza, no intento de se casar com uma rapariga, a Maria. O espetáculo inicia-se com a “ida ao barbeiro”, um clássico dos robertos e também dos Bonecos de Santo Aleixo, “passo do barbeiro”, marionetas de varão também eles da tradição das marionetas em Portugal. Do cruzamento destes dois saberes, Roberto e Barbeiro desentendem-se, o Barbeiro é morto e a Morte que vem buscar o Barbeiro é também morta “eu matei a Morte, viva, viva” grita o Roberto. Ultrapassado o primeiro objetivo, fazer a barba e o cabelo, o Roberto quer casar, mas para que tal aconteça vai ter que se confrontar com o Homem, procurar o Dragão, embalar o Rato, enganar o Polícia, enforcar o Carrasco e finalmente casar com a Maria.

ENTRADA LIVRE

Quinteto de Metais Alentejano com Grupo Coral de Reguengos de Monsaraz

Música: Trompete, Trompa, Trombone e Tuba; Cante Alentejano

Hélio Ramalho : Trompete

João Carlos Araújo : Trompete

Rui Rúbio : Trompa

João Rasteiro : Tuba

Flávio Bolrão : Trombone

O Quinteto de Metais Alentejano, promotor da arte de música de câmara alentejana, representante de uma nova geração de músicos regionais, alia a sua paixão pela Música e por uma Região de costumes, pessoas e cultura incomparáveis. Fundindo a sua sonoridade com as tradições musicais do Alentejo, dá-se a junção inédita entre um grupo de música de câmara erudito e o Cante Alentejano, com o Grupo Coral de Reguengos de Monsaraz, com arranjos adaptados a estas duas formações, e onde se pode ouvir algumas das mais belas melodias de cante alentejano com o grupo de metais a acompanhar as vozes.

PRODUÇÃO

Bolsa D’Originais – Associação Cultural

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